A Caixa Mágica tem os dias contados? Parece que não. Ainda é o meio mais utilizado para consumo de notícias entre os utilizadores de Internet em Portugal, segundo um estudo desenvolvido pela ERC. Os números são reveladores: “mais de nove em cada dez inquiridos identificaram os programas televisivos noticiosos como um recurso que utilizaram para consulta de notícias (93%)”.
Quanto ao desempenho dos Meios Digitais neste estudo, temos uma surpresa, apenas 18% dos inquiridos respondem as ’Redes Sociais’, muito longe dos 66% que responderam ‘Televisão’, 29% (Jornais Impressos) e por último 17% (os sites e apps de jornais).
Muito se tem falado de uma nova tendência que tem conquistado terreno – o Jornalismo em Tempo real, que no fundo é uma resposta às redes sociais e ao facto de estarmos constantemente ligados e podermos, qualquer um de nós, criar uma notícia. No entanto, a democratização do Jornalismo também descredibiliza o Meio Digital e contamina a ideia que temos daquilo que lemos nas redes sociais.
Por mais que a tecnologia seja determinante nas nossas vidas, ainda atribuímos as seguintes características à velhinha caixa mágica, no que diz respeito às notícias: rigor e excelência.
Penso que os canais noticiosos contribuem muito para os resultados desse estudo. Sem eles, possivelmente as pessoas iriam recorrer mais aos sites e apps dos jornais, uma vez que apenas teriam 3 ou 4 blocos noticiosos por dia. Interessante o facto das pessoas continuarem a preferir a televisão, talvez porque a noticia dada com rosto se torna para todos nós mais credivel e rigorosa. Parabéns pelo post!
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Obrigada pelo comentário, Bruno!
O facto de terem surgido em Portugal, nos últimos 10 anos, canais dedicados 24h/dia às notícias deverá ter um peso neste estudo, sim. Conseguimos, a partir desses canais, ter uma visão bem mais completa da actualidade do que propriamente o apontamento que as redes sociais nos dão. E esse apontamento, embora importante porque muitas vezes é o primeiro meio que nos dá as notícias (os smartphones fazem com que estejamos SEMPRE ligados), ainda não consegue fazer com os consumidores confiem totalmente neste meio, quando o objectivo é aprofundar detalhadamente um determinado assunto.
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